sexta-feira, agosto 04, 2017

A humildade chega ali.


No silencio da noite que cai, volto a encontrar motivos para pensar em detalhes que passam despercebidos, muitas vezes, por causa da nossa correria diária. Mas quando me deparo com uma história ou imagem, nem mesmo a intensa dor de cabeça que sinto há cerca de 4 meses (já fiz tomografia e não deu nada) me impede de tentar transmitir algo ou a diferença da água limpa ou suja desses pequenos detalhes.
Água limpa quando purifica, pessoa de boa índole, honesta, sincera....e por aí vai. Água suja, penso ser apenas um momento, daquela pessoa que não consegue lutar contra a carne e vive se sujando por pouca coisa. Não bebe da água, mas pensa em afundar um ali.
Essa criança que não tinha nada pra comer decide dar um pirulito que ganhou a um fotógrafo. Mais uma imagem que encontramos na redes sociais e pode passar batido. Para muitos, chama a atenção e tentam decifrar o joio do trigo: os governantes são ruins demais e deixam milhares de crianças passarem fome ou as crianças são boas demais que sua inocência ainda não alcançou a maldade? Para outros, pode virar até uma estratégia de marketing.
Assim são os homens de todas as idades. Ninguém é totalmente santo ou totalmente ruim, porém, sua ambição de cada vez ganhar mais dinheiro ou créditos com alguém acaba se transformando em joios que apodrecem a si mesmos e muitos ao seu redor. No final, esquecem que são jogados fora ou queimados. Essas pessoas “queimam o filme” e nem percebem. Mas quem preserva sua semente, tem boas colheitas.
Infelizmente a humildade não alcançou a todos, sejam políticos, ministros, líderes, famosos, empresários, e para dividir o pouco que tem, até mesmo o conhecimento, para tudo tem um preço que, muitas das vezes, nem um campo de trigo paga. Quem tá sujo, pode se limpar. Quem tá limpo, pode ser sujar. Ninguém está livre da lama negra, mas todos têm a oportunidade de ser pessoas melhores. Semear bons frutos é questão de decisão.

O miserável será sempre aquele que tem muito e ainda não aprendeu a dividir.

O verdadeiro jornalismo está morrendo

O jornalismo está tão banalizado que os próprios "profissionais", entre aspas mesmo, esqueceram do juramento que fizeram e o exercício prático da profissão que a cada dia está perdendo espaço pros que se aventuram nas brincadeiras entre linhas, letras desenhadas e prostituição no mercado financeiro e publicitário.
Realmente, o jornalismo está acabando. As pessoas não se interessam mais por um bom produto, de qualidade, querem ver sangue manando memórias e gamelas fazendo histórias e os que brincam por não terem encontrado outra diversão para "lucrar", simplesmente magnetizam ibope. E os palhaços acabam sendo aqueles que um dia acreditaram que a profissão seria igual à todas as outras que necessitam de muita leitura, muito estudo e investimento.
Cadê o jornalismo investigativo? Cadê o jornalismo por amor? Cadê os jornalistas que falam tanto de justiça e direito, contam histórias como se estivessem em suas próprias razões, defendem os menos favorecidos e na hora de gritar pelos próprios direitos se escondem nas imposições dos grandes. Na atual realidade do Brasil, o medo de perder o emprego já tomou conta, fora aqueles que já não querem mesmo perder tempo contando histórias num país que vive estagnado onde o filme já não vai fazer diferença, a foto linda e colorida está dando mais efeito, e que se dane a história, a realidade e necessidade. Eles já não acreditam mais em mudança, melhorias ou até mesmo em Deus.
Histórias como a de Mayara já estão tão comuns que juntando a banalização da profissão, a prostituição do veículo e do trabalho com a falta de estímulo, já não rendem uma boa pauta. Basta colocar uma foto com bastante sangue ou a família chorando ou uma fala do delegado, que está bom!-

Artigo inspirado no Caso Mayara Amaral( foto abaixo)- Confira matéria AQUI.cujo corpo foi encontrado carbonizado dias depois de assassinada.

ESTE ARTIGO TAMBÉM FOI PUBLICADO NO BLOG DO NINO BELIENY , NO SITE DA FOLHA DA MANHÃ. CONFIRA.