sábado, setembro 08, 2007

Pedaço de papel.

Sonhos, esperanças, vontade de crescer. Essas palavras parecem ficar somente nesse pequeno pedaço de papel em branco a qual eu escrevo. Com uma caneta que hoje não é feita de pena, sobre uma qualidade de papel que não se compara dessa época, mas a minha prisão sim, essa eu ainda sinto como se vivesse nesses anos obscuros, em que o silêncio e a lágrima me sufocam a ponto de soltar o grito que hoje eu mesma dou com toda de minha voz, eu escrevo a ilusão. Diante de toda a modernidade, ainda me sinto na frustração: querer sem poder.
A vontade de conseguir a liberdade ainda é grande, mas, às vezes, parece sumir por alguns instantes e a conformidade querendo tomar espaço. Em uma época onde tudo pode, tudo se quer, mas nem tudo é possível, a única coisa que me resta é esperar, ver até onde isso tudo vai chegar.
Adeus! Adeus! Essas, não sei porque, são as únicas palavras que me vem à cabeça. São as únicas que eu grito bem alto.
Engraçado, não é? Deveria ser: Liberdade! Liberdade! Mas a solução que, neste momento, encontro é continuar a viver nesse "século XV moderno", aceitar, calar, gritar, e simplesmente chorar.
Que nesse pequeno pedaço de papel saltem os sonhos, esperanças, vontade de crescer...